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Eletropostos - Qual é a receita para o sucesso de uma rede de recarga?

Foto do escritor: Thiago GarciaThiago Garcia

Fala galera, beleza? Durante essa semana, recebi um questionamento bem pertinente sobre a minha opinião em relação a estratégia de implantação de redes de recarga no Brasil.

Mapa PlugShare
Mapa PlugShare

Se você não sabe sobre o que exatamente estou falando, vou trazer os 3 modelos mais utilizados e os principais players que estão operando de cada forma.


O primeiro modelo de negócio, irei apelidar de convencional, consiste em instalar apenas uma estação em cada local com potências de 50kW ou mais, permitindo atender até 2 veículos simultaneamente e com a implantação escalonada de novos locais. Conforme surgem novas oportunidades, sua área de atuação e cobertura acaba atendendo mais regiões. Os dois principais CPOs deste modelo são Shell Recharge e Volvo Eletropostos.


    Mapa Shell Recharge
Mapa Shell Recharge
Mapa Volvo Eletropostos
Mapa Volvo Eletropostos

Não há como negar que ambos os exemplos estão demonstrando potencial de crescimento e atendimento em áreas até então pouco exploradas. Mas a existência de apenas um carregador no local, acaba trazendo o desconforto da espera pela recarga conforme a demanda aumenta. Além disso o custo de implantação de cada estação acaba sendo um desafio.

Modelo convencional
Modelo convencional

Por conta do custo de implantação alto e a complexidade para aprovação do aumento de demanda de energia em determinadas regiões, alguns CPOs optam pelo modelo de negócio que apelidei de pulverizado. Consiste em implantação de diversas estações em uma determinada região geográfica de forma rápida, garantido uma cobertura mais ampla, mas com o uso de equipamentos de menor potência (entre 30 kW e 60 kW). O principal player neste modelo é a BR Super Carga, que promoveu de forma rápida a infraestrutura de recarga minimante viável para os usuários nordestinos.


Mapa BR Super Carga
Mapa BR Super Carga

Como esse modelo de negócio, a implantação da rede se torna mais ágil, com custo menor e permite incluir carregadores em locais que possuam demanda de energia limitada. Entretanto, o limite de clientes atendidos é mais restrito e o tempo necessário para concluir uma recarga acaba sendo maior. Permite um fôlego para início da operação, mas a necessidade de readequação do local com o aumento da quantidade de clientes, surgirá mais rápido que o modelo convencional, dito isso, é importante ter na manga o projeto de upgrade, como a próprio BR Super Carga já tem colocado em prática.


Modelo pulverizado
Modelo pulverizado

Como último modelo, gostaria de trazer o cluster. O nome foi dado pelo principal player desse formato, que é a Go Electric. Cluster vem do termo em inglês que significa aglomeração. Consiste em instalar diversos carregadores no mesmo local. Promovendo a recarga rápida de ausência de filas de espera aos usuários.


    Mapa Go Electric
Mapa Go Electric

A estratégia de criar uma estrutura muito mais robusta em comparação com os modelos convencional e pulverizado acaba sendo o sonho de todo usuário devido a maior garantia que haverá carregadores disponíveis para seguir viagem com chance mínima de espera. O desafio para implantação de um modelo em cluster vai além do custo, considerando que você terá muito mais clientes usando simultaneamente, a demanda de energia para o local é o principal fator para a complexidade de termos redes atuando dessa forma.


Cluster
Modelo Cluster

Qual seria a Receita de sucesso para uma Rede de Recarga?


Não existe receita única. É provável que o CPO precise escolher um dos modelos como padrão de sua operação, mas não é obrigatório que siga de forma única em cada local. A análise de local, oferta/demanda, hábitos de consumo entre e tendência de crescimento são as primeiras perguntas que precisam ser feitas para definir como irá atuar em cada novo ponto. Modelar um negócio sem experiência prévia aumenta os custos e riscos. Por isso que a minha dica de ouro para aumentar suas chances de sucesso no negócio de eletropostos e buscar conhecimento com quem já nada de braçada no mercado.


A EXTECAMP (Escola de Extensão Unicamp) está com as matrículas abertas para o curso de extensão Mobilidade Elétrica - Políticas, Planejamento, e Oportunidades de Negócios, como o objetivo de capacitar empreendedores, gestores públicos e interessados em atuar no campo da mobilidade elétrica, a partir do desenvolvimento de aptidões específicas que permitam:


  1. Adquirir uma visão sistêmica da mobilidade elétrica e suas tecnologias (intersetorialidade do ecossistema);

  2. Compreender as motivações para a promoção e a inserção dos modais elétricos. Apresentar os principais conceitos no tema da mobilidade elétrica. Compreender a dinâmica da regulação, das políticas públicas e da governança que sustenta/impacta a eletrificação veicular;

  3. Obter uma perspectiva analítica integrada entre políticas públicas, mercado e tecnologia. Identificar linhas de financiamento para projetos correlatos à mobilidade elétrica;

  4. Mapear e identificar oportunidades de novos negócios e formular propostas de projetos nos setores público e privado, com crivo técnico e econômico.


MOBILIDADE ELÉTRICA: POLÍTICAS, PLANEJAMENTO E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO
MOBILIDADE ELÉTRICA: POLÍTICAS, PLANEJAMENTO E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO

O curso é semipresencial, com 80 horas de aulas on-line, 10 horas de trabalho em grupo e 10 horas de aula presencial. Deixo como dica para quem quer entender esse munda da mobilidade, mas não deixei para depois do Carnaval, pois as inscrições estão se encerrando. A minha vaga já está garantida.


Até mais.

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