3ª Edição do EPRIX São Paulo demonstra a evolução do espetáculo e a variedade do público presente
Fala galera, beleza? Ontem foi dia de EPRIX São Paulo com muitas novidades e lições para próxima edição. A terceira prova realizada na cidade foi o pontapé inicial para a 11ª temporada da Fórmula E, com a estreia dos veículos GEN3EVO, contando com a tração integral e arrancada mais veloz que um Fórmula 1.
A prova contou com bandeiras vermelhas e vários toques. Cada curva, cheia de disputas com poucos centímetros separando os carros e o muro. Não era possível observar muita diferença entre o líder e o último carro do pelotão, demonstrando a igual de competição. Pense em uma prova que não há favoritos. Mitch Evans (Jaguar) estava largou em último lugar no grid e conquistou o degrau mais alto do podium.
Entretanto, gostaria de trazer uma visão mais sobre o evento em si que da competição. Quem acompanhou as 3 edições de EPRIX São Paulo sabe o salto de qualidade que tivemos entre o primeiro evento em março de 2023 para o evento de março de 2024. Os problemas com acesso a água e refeição foram "quase" que sanados. Diminuíram bastante, mas ainda existem. Principalmente em relação a água grátis, são diversas estações de hidratação com a oferta de um copo plástico temático e reutilizável, mas as filas eram muito grandes.
Convenhamos, um evento que dura o dia inteiro e com auge por volta das 2 horas da tarde em pleno mês de dezembro e com arquibancadas completamente descobertas, a sede seria impiedosa com as dezenas de milhares de pessoas que foram assistir o espetáculo.
Todavia, é importante darmos valor aos acertos: A Fan Village está cada vez mais rica, com diversas ativações, uma praça de alimentação variada, com áreas de repouso e até com áreas que forneciam protetor solar.
O acesso ao evento também foi facilitado. Além da proximidade com a estação do metrô, havia outro acesso no lado oposto que permitia chegar diretamente nas arquibancadas.
O que mais me trouxe admiração ao espetáculo foi a variedade de tribos e estilos. Corro o risco de ser interpretado mal, mas preciso colocar dessa forma: o EPRIX São Paulo foi um evento para todas as classes sociais. Era possível observar a presença de pessoas com a aparência mais abastada quanto de pessoas mais simples e todos fervendo debaixo do mesmo sol. Foi muito bom ver variedade e riqueza do povo brasileiro com a possibilidade de acesso a uma prova da FIA.
A abertura aos boxes à torcida traz também um momento único que dá possibilidade ter contato muito mais próximo tanto dos carros, quanto das equipes e, principalmente, dos pilotos. Aliás, os pilotos da Fórmula E precisam ser rápidos com o carros e com as canetas para atenderem tantos pedidos de autógrafos.
Não sei se todos foram tão atenciosos, mas consegui ver nos olhos dos pilotos Lucas Di Grassi, Zane Maloney (ambos da Lola Yamaha ABT) e Pascal Wehrlein (Tag Heuer Porsche) o carinho ao receber cada torcedor. Aliás, Pacal sofreu um acidente impressionante, mas saiu sem lesões do veículo.
Além de tudo, o EPRIX São Paulo permite o reencontro com grandes amigos e apaixonados pela mobilidade elétrica da ABRAVEi. Se eu que quisesse me esconder no meio da multidão, o último lugar que escolheria seria o EPRIX São Paulo. Pois foram encontros em todos os cantos, desde a entrada até a saída.
É uma honra para São Paulo abrir a temporada após apenas menos 9 meses da edição anterior, mas agora nos fará esperar mais pela quarta edição. Que esse tempo seja breve e nos vemos no próximo EPRIX São Paulo da Fórmula E.
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