Curso abordou de forma teórica e prática os procedimentos para operações de resgate em modelos eletrificados
A Renault do Brasil, por meio da Renault Academy, promoveu o primeiro treinamento especializado “Atendimento de Emergência em Veículos Elétricos – Renault E-Tech” para o 5º Grupamento dos Bombeiros de São Paulo, unidade responsável pelo atendimento de oito municípios da Grande São Paulo. O curso ocorreu no Centro de Treinamento da Renault, para cerca de 30 integrantes do grupamento e envolveu conceitos gerais sobre veículos elétricos, mitos sobre a segurança e cuidados durante a intervenção, necessários para a operação de resgate.
A iniciativa faz parte do Programa Human First, e do projeto global Time Fighters, uma iniciativa da Renault desenvolvida com objetivo de ajudar os bombeiros em chamadas de emergência. Há vários anos a Renault treina regularmente socorristas, em vários países, para lidar com os veículos da marca. Desde 2010 a Renault já treinou 5 mil bombeiros em 19 países.
No Brasil, a Renault disponibiliza regularmente veículos e espaço no Complexo Ayrton Senna para a realização de treinamentos de desencarceramento para equipes de socorristas, alunos e oficiais do Corpo de Bombeiros do Paraná e Santa Catarina. Nos últimos cinco anos, a Renault do Brasil disponibilizou cerca de 300 veículos para serem utilizados nas atividades de treinamento de cerca de 500 bombeiros.
A Renault mantém ainda comunicação regular com os serviços de emergência, para informar sobre quaisquer inovações que possam afetá-los.
“Ter a oportunidade de oferecer esse treinamento especializado para o corpo de bombeiros é muito importante para a Renault Academy. Com o aumento da frota de veículos elétricos nas ruas, é fundamental que esses profissionais da linha de frente estejam preparados em situações de emergência para lidar com as especificidades que esses veículos apresentam”, explica Regina Souza, gerente de Gestão de Rede e Treinamento da Renault do Brasil.
O treinamento buscou capacitar os bombeiros a agir com segurança e eficiência em ocorrências com veículos elétricos, permitindo que os profissionais possam realizar ações de salvamento sem riscos.
Identificando um carro elétrico
Durante o treinamento, os bombeiros puderam conhecer os principais tipos de veículos eletrificados e suas principais diferenças, como os veículos 100% elétricos (BEV), híbridos (HEV) e híbridos do tipo plug-in (PHEV). O treinamento também apresentou os principais aspectos visuais que permitem um bombeiro identificar um veículo elétrico, como a presença de emblemas de identificação, tomadas de energia e a ausência do sistema de escapamento.
O treinamento também apresentou a estrutura básica de um veículo elétrico e seus principais componentes, além de explicar a concepção da bateria de tração. Um ponto de atenção apresentado aos bombeiros é o fato de que toda bateria de um veículo elétrico sempre vai possuir carga, mesmo quando o indicador de bateria estiver no 0%, reforçando a necessidade de cuidados em seu manuseio. Os participantes também receberam orientações sobre o chicote elétrico de alta tensão – sempre identificado com a cor laranja e que não deve ser cortado.
O treinamento abordou também alguns dados concretos sobre carros elétricos, como:
Se um carro elétrico está em chamas, mas as chamas não afetaram a bateria, o tratamento do incêndio deve ser igual ao de um veículo à combustão, respeitando as habituais distâncias de combate.
De acordo com dados coletados pelo órgão EV FireSafe (evfiresafe.com), entre 2010 e 2020, a probabilidade de um veículo elétrico se incendiar é de 0,0012%, contra 0,1% de um veículo à combustão.
Desde 2010, foram reportados apenas cerca de 500 incêndios de veículos elétricos em todo o mundo, segundo o EV FireSafe (evfiresafe.com).
Não há nenhum registro no mundo de choques elétricos em socorristas durante um resgate envolvendo veículos elétricos.
Cuidados no primeiro contato
Durante o treinamento na Renault Academy, os bombeiros tiveram as principais orientações para o primeiro contato com um veículo elétrico acidentado, que envolvem:
Imobilizar e cortar o contato – garantir que o veículo esteja desligado, já que um carro elétrico não produz ruído. Acionar freio de estacionamento.
Localizar o SD Switch– identificar a posição da tomada de serviço que faz a desconexão do sistema de alta tensão e o uso correto dos EPIs nesta etapa.
Desconecção da bateria – como desconectar a bateria do sistema para permitir a intervenção segura no veículo.
Leitura correta das fichas de resgate (compêndio ou rescue sheet) – identificação dos pontos onde se pode ou não pode cortar ou manipular em um carro elétrico. Nas fichas de resgate, disponíveis pelo QRescue, a Renault indica os pontos mais fáceis para realizar cortes, facilitando o processo de salvamento.
Fuga térmica e vazamento de eletrólitos
O curso abordou também a fuga térmica da bateria, que é o incêndio das células das baterias causado por curto-circuito, perfuração, superaquecimento ou falha no componente. Os bombeiros conheceram as três formas de eliminação deste tipo de incêndio, que são:
Resfriamento – o bombeiro joga água na bateria para reduzir sua temperatura até o fim da queima.
Queima controlada –o carro é colocado em um local seguro para aguardar a queima completa do pack de bateria.
Imersão – o veículo é submerso em água para anular a fuga térmica da bateria. Nos veículos elétricos da Renault, é possível inundar a estrutura da bateria por meio do Fireman Access, um disco de ruptura na parte superior do pacote de baterias, desenvolvido para uso dos bombeiros.
Já no vazamento de eletrólitos, no caso de um acidente, o curso orientou sobre a necessidade dos EPIs adequados, como máscaras e luvas de proteção, para evitar intoxicação por gases ou contato.
Contato direto
Os combatentes também tiveram contato em oficina com todos os veículos elétricos da Renault comercializados no Brasil. E puderam operacionalizar na prática todos os conceitos aprendidos em sala, reconhecendo o funcionamento dos conectores, do sistema de alta tensão, bateria, motor e inversor.
“Esse curso contribui para a proteção de vidas e do patrimônio. Estamos muito orgulhosos de poder colaborar com o corpo de bombeiros nesse avanço técnico, que, sem dúvida, terá um impacto direto na segurança da nossa comunidade”, explica Regina.
A Renault Academy vai manter o treinamento especializado “Atendimento de Emergência em Veículos Elétricos – Renault E-Tech” em sua grade de cursos, disponibilizando para grupamentos de bombeiros conforme a demanda.
“O curso foi importante para o conhecimento de novas tecnologias, possibilitando atuar de modo seguro nas ocorrências envolvendo veículos elétricos, e permitindo um atendimento aprimorado e com mais segurança para a sociedade.”, explica Gabriel Augusto Marinelli de Oliveira, 1º Sargento PM do 5º Grupamento dos Bombeiros de São Paulo.
Tecnologias Renault para auxiliar em emergências
Fireman Access - Apesar de as baterias de alta tensão dos veículos da Renault terem sido projetadas para evitar focos de incêndio - durante o uso normal e em caso de acidente - um incêndio iniciado por causas externas pode se espalhar para a bateria. O Fireman Access pode ser usado para apagá-lo em poucos minutos.
É um sistema de segurança para inundar a bateria de um veículo elétrico ou híbrido plug-in em caso de incêndio. Um disco de ruptura metálico sela a bateria durante toda a sua vida útil e garante a estanqueidade necessária para o uso diário. Se um incêndio for iniciado deliberadamente, ele se quebra sob a pressão de um jato de água de alta pressão dirigido pelos bombeiros e permite que a água chegue à bateria. Com isso, os tempos de intervenção são reduzidos de várias horas para dez minutos no máximo.
SD Switch - O SD Switch é um interruptor mecânico que desconecta a bateria do circuito elétrico. Embora nossas baterias de alta tensão sejam projetadas para passar para o modo de segurança elétrica em caso de acidente, recomendamos que os bombeiros usem o SD Switch em caso de impacto violento para garantir uma segurança elétrica absoluta.
O SD Switch funciona como um fusível, aplicado a uma tensão de 400 a 600 volts (em comparação com 230 volts em uma rede doméstica). Ele desconecta a bateria do circuito elétrico de alta tensão imediatamente.
O SD Switch permite que os bombeiros que lidam com um veículo elétrico ou híbrido plug-in trabalhem com total segurança. Durante o curso de formação os bombeiros receberam orientações sobre como usá-lo corretamente.
Sobre o Programa Human First
O Programa Human First tem o objetivo de melhorar a segurança de todos. Com o compartilhamento de dados, testes de falha, exercícios em larga escala, a Renault está comprometida em reduzir o número e a gravidade dos acidentes.
O programa foi desenvolvido em conjunto com pesquisadores, especialistas e bombeiros. Dentro da estrutura do programa Human First, a Renault uniu forças com os irmãos Naudet, produtores de documentários premiados sobre o 11 de setembro e o incêndio de Notre Dame, para destacar e expressar visualmente a estreitíssima colaboração entre o Grupo e as equipes de segurança rodoviária.
Essa aliança entre engenharia e P&D constitui uma aventura incrível dedicada à "Hora de Ouro", os preciosos minutos em que os socorristas têm uma chance maior de salvar vidas.
Sobre a Renault do Brasil
Produzindo no Brasil desde 1998, a Renault do Brasil conta com 5 mil colaboradores duas fábricas no complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR): a de veículos de passeio (CVP), a de comerciais leves (CVU).
Oferecendo uma gama completa veículos como o Kwid, Stepway, Logan, Kardian, Duster, Oroch, Kangoo e Master e, ainda, os veículos E-Tech 100% elétricos Kwid E-Tech, Megane E-Tech e Kangoo E-Tech, a Renault inovou ao lançar a venda de produtos 100% on-line, entre outras soluções para facilitar a vida dos clientes. Com o Renault On Demand, serviço de aluguel de veículos a longo prazo, a Renault traz novas soluções de mobilidade, juntamente com vários projetos de compartilhamento de veículos.
O Instituto Renault, responsável pelas ações socioambientais da marca no país, vem colaborando com o desenvolvimento da sociedade e já impactou 887.358. pessoas ao longo dos seus 13 anos nos eixos de Inclusão e Segurança.
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